https://residiracava.com.br/ Luiz Naveda (Composição, programação, visuals) luiznaveda@gmail.com

(english) This interactive artwork presents a multimodal palette composed of sounds collected from the quarry environment. The represented stones carry, in their form, color, and texture, a material memory of the mountain’s decomposition—a physical matter, a natural landscape, a soundscape. The visual memory is evoked by the texture of the stones, their exposed fractures, and the symbolic connection to the decomposed environment—the mountain that has been undone. The sound memory reflects the impact of human actions: the sounds generated by collisions echo fragments of the soundscape, a landscape now violated with the silence of the quarry’s presence and the echo of human activity.

The electronic soundtrack symbolizes the full cycle of ore processing, an arc that connects sound-ore-sound: the exploding landscape, the transformation from stone to metal, from wire to computer, the symbolic recomposition, from symbol to circuit, circuit to speaker, and back to sound. The audio combines elements such as virtual percussion instruments, sound synthesis (sounds 1 and 2), and operating machinery in the background. This final sound layer represents a grave, persistent, and disorienting presence—the pre-violence that announces and accompanies the subsequent silence. (portuguese) Esta obra interativa apresenta uma paleta multimodal composta por sons coletados no ambiente da cava. As pedras representadas carregam, em sua forma, cor e textura, uma memória material da decomposição da montanha - matéria física, paisagem natural, paisagem sonora. A memória visual é evocada pela textura das pedras, suas fraturas expostas e a conexão simbólica com o ambiente decomposto — a montanha que foi desfeita. A memória sonora reflete o impacto das ações humanas: os sons gerados pelas colisões ecoam fragmentos da paisagem sonora, uma paisagem agora violentada com o silêncio da presença da cava e o eco da ação de pessoas.

A trilha sonora eletrônica simboliza o ciclo completo do processamento do minério, um arco que conecta som-minério-som: a paisagem em explosão, explosão da pedra ao metal, do fio ao computador, a recomposição simbólica, do símbolo ao circuito, circuito ao alto-falante e, novamente, ao som. O áudio combina elementos como instrumentos de percussão virtual, síntese sonora (sons 1 e 2) e as máquinas em operação no fundo. Essa última camada sonora representa uma presença grave, insistente e desorientadora — a pré-violência que anuncia e acompanha o silêncio subsequente.